Organizar as prioridades.
Minha vida cheia de surpresas totalmente desagradáveis resolve dar uma reviravolta. A parte interessante que foi apenas mental, não tão interessante assim. Acho que foi algo péssimo para acontecer, se bem que há um bom tempo estou assim, mas esse lance de desanimar quando se quer mudar de emprego, não é algo muito bom. Fora que nestas últimas semanas tudo resolveu acontecer quase ao mesmo tempo, as pessoas decidiram que era uma boa hora para revelarem que são piores do que sempre imaginei e a cada dia os processos desandam mais.
Desespero? Já pensei em ter um colapso nervoso e entrar em parafuso mas não escolhemos certas coisas. Acho que meu subconsciente tem alguma proteção que não permite simplesmente bancar o maluco e deixar as coisas acontecerem simplesmente. E quando tento fazer isso, não bem tocando o foda-se mas para tentar fazer as pessoas evoluírem, sou chamado para levar sermão e concluir o trabalho. Interessante.
A cada dia estou mais estressado e nem sei ao menos porquê me importo tanto ainda, principalmente depois de anunciar minha saída inesperada. Algo que não compreendi até agora, porque daqui a pouco fará aniversário do meu anúncio. Não acho isso legal como muitos devem pensar e não aguento mais ouvir perguntas sobre quando sairei da empresa. Complicado é quando você é questionado por pessoas que normalmente não mandaria tomar no cu e fica se remoendo por dentro em certas ocasiões. Acho meio complexo me estressar tanto pelo trabalho não feito ou mal feito quando já anunciei que não quero mais trabalhar lá. Afinal de contas, todo meu estresse foi gerado por conta das merdas que acontecem por lá. Depois de mais de dez anos aturando certas coisas, chega um momento da vida em que você não admite algumas delas.
Infelizmente estou em um barco sem volta, em uma viagem para o inferno, chegar no ponto de estresse que cheguei é como matar alguém. Já descobriram como ressuscitar uma pessoa? Eu não. Se muitos operassem com esse pensamento ou tentando fazer as coisas com o pensamento que certas coisas não tem volta, talvez fizessem menos merda. Mas o pior não é só aguentar pequenos deslizes, ainda tenho que voltar a aturar coisas do passado, como fantasmas. Imagine voltar a ver cagadas de dez anos atrás, você ficaria numa boa e diria que a criança não fez por querer? Você ensina dezenas de vezes o processo e mesmo assim a coisa não anda? Não é algo interessante? É algo totalmente passível de compreensão?
Ainda tento compreender aqueles que pedem para ter mais calma, para ser mais razoável em determinadas situações, mas coisas que não deviam ocorrer mais precisam mesmo ser suportadas? Indiferente de ser comigo ou com outros, alguém precisa suportar merdas que não deviam mais acontecer depois de tanto tempo? Quantas vezes é necessário ensinar alguém? Quando basta? Quando uma mente assimila algo a ser feito de determinada maneira? Não creio que seja tão complexo, se fosse algo que envolvesse muito intelecto eu desistiria.
É, preciso colocar a mente no lugar, ordenar as prioridades e tomar um rumo o mais rápido possível. É como disse uma vez em algum post perdido, talvez com a minha saída as coisas evoluam, melhorem, porque se processos foram implantados e não precisam mais ser seguidos, então sou muito velho para exercer minha função por lá. Acho que está na hora de uma reciclagem mental e física. Talvez a mudança de ambiente, novas caras, entre outras coisas, façam minha vida voltar a fluir como no início da carreira. Ou talvez eu descubra que já estou tão calejado de tanta merda que nunca mais voltarei a ser alguém normal.
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