Estamos em 2003, para ser mais exato, uma tarde de julho. Era uma tarde fria mas agradável, estava trabalhando há pelo menos 24h, incessantemente, tentando resolver um pequeno problema em um computador. Há muito tempo não virava uma noite na empresa e aquilo acabou com todo meu ânimo.
Mesmo assim, pude reparar em uma garota, algo que achei estranho porque nunca a havia visto na empresa, talvez ela tenha começado naquele dia, posso não ter sido apresentado porque não estava presente no momento em que o fizeram. Olhei para ela e no mesmo momento ela se virou para mim. Ela tinha olhos claros, verdes, mas um verde totalmente diferente, muito vivo.
Ela deu um leve sorriso e acenou, uma forma meio sem graça de cumprimentar alguém. Acenei de volta e me concentrei novamente em meu trabalho. Foi estranho, normalmente teria ido cumprimentá-la com um beijo no rosto e me apresentar antes de tudo. Não sei porque resolvi não fazê-lo, não fiquei imobilizado, apenas não tive a vontade de seguir meu ritual clássico de sempre.
Quando olhei novamente, não a vi mais sentada em sua mesa. Parecia ter sumido como um fantasma, até cogitei a hipótese de ter alucinado com uma garota tão bela na empresa. Nesse momento, senti uma enorme necessidade de tomar um café e me dirigi à copa.
Assim que entro na copa, ela estava ali, parada, mexendo calmamente o seu café. Assim que ela levou seus olhos aos meus, soltou um sorriso sem graça e continuou misturando o seu café. Aproveitei a oportunidade para me apresentar.
- Olá, eu sou Gabriel.
- Como? - ela lançou um olhar de quem ficou sem jeito.
- Gabriel. - respondi imediatamente.
- Ah, me desculpe, é que não havia escutado direito.
- Tudo bem. Então, começou a trabalhar hoje aqui?
- Sim, como sabe? - ela fez um olhar de curiosidade.
- É que nunca vi você por aqui e se tivesse visto, com certeza não teria me esquecido tão facilmente - uma cantada de forma bem sutil.
- Mas são muitos funcionários, como poderia se lembrar caso tivesse me visto? - sua expressão duvidava de mim.
- Eu conheço cada rosto de cada seção dessa empresa.
- Trabalha no RH? - Ela sorriu levemente, de um modo bem descontraído.
- Não, trabalho no CPD. Mas conheço todos na empresa, acho que não existe uma pessoa que eu não saiba o nome.
- Nossa, então tem uma boa memória.
- Sim - ela realmente ficou impressionada com isso?
Outra pessoa entrou na copa, era a coordenadora do financeiro. A moça dos olhos verdes ficou um tanto quanto sem graça e saiu da copa em direção à sua mesa. Pelo menos deu para reparar que ela não usava aliança, um bom sinal, ou talvez, seja daquele tipo de pessoa que simplesmente não usa.
Peguei outro café e saí em direção a minha sala, passei por ela novamente, acenei e subi. Assim que entrei, quando me sentei, notei que havia um e-mail em minha caixa de mensagens. Já pensei que algum outro computador houvesse parado, era o que faltava para me deixar feliz. Mas a surpresa foi muito melhor, era um e-mail de uma garota, a menina nova.
"Olá, tudo bem? Me desculpe por sair assim de repente, mas aquela era minha chefe, provavelmente você já deve saber.
Só escrevi para lhe pedir desculpas e me apresentar, me chamo Julia.
Foi um prazer lhe conhecer, espero nos encontrarmos mais vezes para tomar um café.
Beijos."
Isso foi realmente uma surpresa pra mim. Não esperava nada, afinal de contas, ela nem mesmo me devia desculpas. Pensei em respondê-la, mas as tarefas estavam praticamente caindo em minha cabeça e acabei esquecendo antes de partir.
Saí mais cedo, já que havia trabalhado diversas horas extras e precisava descansar. Peguei minha moto e fui para casa.
Assim que cheguei, fui tomar um banho, não via a hora de relaxar os músculos, minhas costas clamavam por água quente. Durante o banho não conseguia tirar a imagem daqueles lindos olhos verdes de minha mente. Parecia uma perseguição, quando tentava pensar em alguma outra coisa, seu olhar invadia meus pensamentos sem pedir licença.
Terminado o banho, pensei em comer algo, coisa que havia esquecido de fazer. Revirei a geladeira e a única coisa que encontrei foi um prato de comida congelada. Bom, antes isso do que um simples sanduíche. Coloquei no micro-ondas e tentei pensar em algumas coisas que precisava resolver, no entanto, acabei voltando para Julia. Lembrei que além daqueles lindos olhos verdes, ela tinha uma boca maravilhosa, carnuda, realmente suculenta, claro que não daria para comparar com "Angelina Jolie", mas não estava tantos passos atrás.
O bip do micro-ondas me avisou que a comida estava servida, peguei meu prato e me sentei no sofá, para assistir um pouco de televisão. Como sempre, nada de interessante, mas é claro, o que poderia passar no meio da tarde?
Nesse momento consegui pensar em outras coisas, como o problema do servidor que ainda tenho que resolver. É, não é muito bacana pensar em trabalho enquanto está almoçando. Mas infelizmente isso faz parte de mim, é realmente algo inevitável. Um dia aprenderei a desligar.
Fui para o computador, afinal de contas, não consigo me manter muito tempo afastado dele. Já virou parte de minha alma, apesar de evitar trabalhar em casa, é quase impossível desligar. Vamos checar os e-mails.
No meio de dezenas, metade deles são excluídos sem ao menos ler. A outra metade, alguns são anúncios inúteis que persisto em ler e o restante deve ser alguém querendo algum favor ou algo do trabalho.
Por mais incrível que pareça encontrei um e-mail interessante no meio de todos aqueles, de uma grande amiga inclusive. Giovanna, quanto tempo não falo com ela? Nossa, já faz alguns anos, comunicamos somente por e-mail e no máximo por telefone. A correria da vida, em busca dos ganhos, não nos permite o luxo de um encontro.
"Como vai você, Gabriel?
Sinto saudades de você, precisamos marcar de nos encontrarmos, preciso muito de um ombro amigo e sei que SEMPRE posso contar com você.
Beijos.
Giovanna"
Sempre que leio algum e-mail dela, me sinto um perfeito filho da puta, que tipo de amigo sou, que não consegue um tempo para vê-la? Bom, arrumarei um tempo, acho que na semana que vem poderei folgar um dia.
"Minha querida Giovanna,
Tudo bem com você? Realmente faz muito tempo que não nos vemos. Então, verei com o pessoal do escritório se consigo tirar uma tarde de folga na semana que vem e marcamos. Confirmo com você na sexta.
Beijos do seu sempre amigo,
Gabriel"
Olho para o relógio e percebo que já é tarde. Devia ter ido dormir mais cedo para recuperar a energia, afinal de contas, trabalhar mais de 24h consecutivas, não é algo que nos deixa muito bem. Deixo o computador ligado, como de costume, procuro uma música tranquila para deixar rolando enquanto tento dormir.
Procuro meu travesseiro, encontro-o caído no chão, coloco na cama novamente e me deito. Começo a pensar em diversas coisas, com o menor esforço, é algo realmente engraçado, mas em momento nenhum consigo me desligar. Diversas coisas passam como um flash em minha mente, parece um filme compacto de minha vida. Tento limpar a mente para conseguir dormir e não consigo.
De repente percebo que estou em uma caverna, escura e úmida, ouço alguns passos mas não consigo reconhecer o rosto um pouco distante de mim. A cada passo, parece que a minha visão fica mais turva. Ouço alguém me chamar, distante, muito distante, mas parecia que o vulto, que estava cada vez mais próximo, era quem me chamava.
Parecia um fantasma, vestido com uma capa branca, algo que destoava completamente do ambiente em que estávamos. A cada passo a voz ficava mais distante, algo totalmente estranho. Continuei tentando reconhecê-lo, mas uma luz forte se aproximava, vindo de trás do vulto que se aproximava cada vez mais.
- Gabriel. Gabriel. - chamava o vulto.
- Quem é você? - perguntei, esperando por uma resposta.
- Gabriel. Não lembra de mim? Tem certeza que não me reconhece? - perguntou o vulto com uma voz muito distante.
- Não tenho como lhe identificar, tire seu capuz para que possa ver seu rosto - falei de forma estúpida, quase aos berros. - Como quer que lhe reconheça cobrindo o rosto?
- Gabriel. Só vim lhe trazer um aviso - a voz estava muito baixa, era quase imperceptível.
- Então me diga! - um silêncio tomou conta do ambiente, até mesmo o vento que soprava incessantemente, parou.
- Esteja pronto, ela virá quando menos esperar. Não se desespere e aguarde pelo momento certo - disse-me o vulto que nesse momento desaparecia como fumaça.
- Espere, espere! Me diga quem é você!
Quando abro os olhos, noto que já era de manhã, mas aquilo pareceu muito real. Não fora a primeira vez que sonhei com isso, talvez tenha sido a décima ou décima primeira vez. A parte que me deixa perdido é que não compreendo o que quer dizer este sonho. Afinal de contas, não espero por ninguém, aliás, não tenho a quem esperar. Não tenho parentes vivos, meus únicos parentes, eram meus pais e eles se foram há muito tempo atrás. O que quero dizer com muito tempo, é algo em torno de uns 27 anos.
Mais um dia, mais uma noite mal dormida, parece que fui atropelado por um caminhão, apesar de não ter acordado no meio da madrugada, toda vez que tenho esse sonho, parece que não dormi praticamente nada.
Tomo um banho para despertar, me visto, pego minhas coisas e parto novamente para o escritório. Muitas coisas para resolver, inclusive coisas pessoais, e não poderia chegar atrasado hoje. Na realidade, não tenho horário, mas não queria chegar muito tarde para tentar sair no meu horário hoje.
Sexta-feira não é um dos melhores dias da semana, aliás, todos reclamam da segunda, eu acho a sexta muito pior. Parece que todas as coisas complexas ficam para serem resolvidas na sexta. E pensar que sempre tive a sensação que as pessoas tentam resolver tudo até quinta para ficarem praticamente sem nada para fazer na sexta. Neste escritório é totalmente diferente, tudo fica para sexta, parece que durante a semana as pessoas ficam enrolando para tomar uma decisão na sexta.
Resolvo praticamente tudo que tenho para fazer faltando uma hora para sair. Achei isso incrível, achei que não daria conta de tudo hoje. Paro para fazer um levantamento de quantos computadores precisamos trocar e noto que há um e-mail não lido na minha caixa de entrada. Era Julia, fazendo um convite para participar do "happy hour" com o pessoal do setor dela e do comercial. Em um pensamento muito rápido, penso em recusar o convite, coisa que faria normalmente, mas decido o contrário e o aceito.
O pessoal sempre faz o "happy hour" em um barzinho próximo do escritório, só estive nesse lugar uma única vez na vida. Cheguei e Julia havia guardado uma cadeira a seu lado, cumprimentei a todos e me sentei. Algumas garotas do financeiro começaram a cochichar e darem aquelas risadinhas idiotas como quem está fazendo alguma fofoca. Imaginei que o motivo foi por Julia ter guardado uma cadeira a seu lado.
Peço uma dose de uísque, enquanto todos bebem cerveja. Sinceramente, não consigo gostar do sabor dela. Entre um gole e outro, apenas presto atenção nas conversas alheias, até que Julia começa a tentar puxar papo comigo.
- Então, o que você faz exatamente lá no escritório?
- Bem, digamos que eu resolvo qualquer problema relacionado a computadores.
- Interessante, mas você só conserta computadores ou faz programas para computador? - não imaginei que ela soubesse algo sobre desenvolvimento.
- Antes daqui, trabalhei com desenvolvimento de software, mas abandonei porque não aguentava mais - ela abriu um enorme sorriso e aquilo me deixou um tanto quanto confuso. - Mas me conte, conhece alguém que trabalha com desenvolvimento de software.
- É, havia uma pessoa que conhecia, mas não tenho mais contato - de repente, o sorriso em seu rosto se fora. - Mas me conte mais coisas sobre você. O que gosta de fazer nas horas de folga? Se é que você tenha alguma.
- Foi impressão minha ou você tem raiva de quem trabalha com esse tipo de coisa? - perguntei isso porque senti realmente uma certa ira.
- Não, é que tive problemas no passado por conta disso. Mas não tenho raiva, não é exatamente raiva de quem trabalha com isso.
- Interessante - fiquei pensativo, querendo saber o real motivo, mas preferi deixar pra lá. - Então, nas horas vagas, gosto de ler, ver filmes e seriados. Sou meio caseiro, não sou muito fã de "muvuca", sabe?
- Ah, eu também não gosto muito de sair para baladas - ela me deixou realmente surpresa, ela tem um jeito de quem adora um lugar cheio de bagunça. - Mas de vez em quando gosto de sair, mas prefiro ambientes onde dê para conversar.
- Isso é bom, porque sair e não conseguir conversar, deve ser algo horrível - depois de muito tempo, conseguia conversar numa boa com uma pessoa, aquilo me deixou até preocupado.
- Mas me conte, você tem namorada? - nesse momento, ela olhou de uma forma séria dentro de meus olhos.
- Não. Prefiro ficar sozinho, cansei de tentar me relacionar com alguém - a cara de surpresa dela foi bem convincente.
- Se machucou muito em relacionamentos, foi? - ela deu uma risadinha leve e fixou o olhar em seu copo.
- Não foi bem exatamente isso, digamos que me envolvi demais com alguém - tentei não afastá-la, acho que contar sobre minha dor não havia sentido nesse momento.
- Eu entendo. Mas mudando de assunto, acho que podíamos marcar de sairmos qualquer hora, o que acha? - nesse momento ela olhou para minha boca de uma forma muito interessante.
- Podemos. Podemos marcar algo qualquer hora - será que esse realmente sou eu? Normalmente, eu tentaria me esquivar.
Nesse momento, o pessoal resolveu ir embora, já passava das 11h da noite e muitos teriam que pegar condução para casa. Ela também se levantou, fiquei olhando para ela em pé e ela comentou que aproveitaria para ir com as meninas, pois elas pegariam o mesmo ônibus. Por sorte, havia pego o carro ao invés da moto e ofereci uma carona para ela.
Ela ficou muito agradecida, perguntou se não seria muito incômodo e respondi que não. Afinal de contas, ela é uma pessoa legal, acho que deveria levá-la até sua casa. Ainda perguntei à ela se alguma de suas amigas não queria carona, ela foi perguntar mas todas deram uma risadinha e disseram que não. Imaginei do que elas teriam rido. Peguei sua bolsa e fui em sua direção, perguntei novamente as suas companheiras de trabalho se alguém queria carona ou se moravam perto dela mas todas, dessa vez de maneira séria, disseram que não e agradeceram.
Caminhamos até a empresa, para pegarmos meu carro. Assim que entrei na garagem, o manobrista me cumprimentou e foi correndo buscar meu carro. Outras pessoas da empresa também aguardavam seus veículos, mas o meu chegou primeiro. O manobrista abriu a porta para Julia e ela se acomodou no assento. Assim que fechou a porta, ele comentou comigo que estava com "sorte". Dei uma risada e parti.
Perguntei à ela onde morava e para minha surpresa não era tão distante de minha casa. Na realidade, ela morava a alguns quarteirões de distância. Disse que seria fácil, porque era meu caminho também e não seria nenhum incômodo deixá-la em sua casa já que passaria de qualquer maneira por ali. Ela se aproveitou do momento no carro para fazer mais perguntas.
- Você mora sozinho?
- Sim e você? - perguntei para dar continuidade a conversa.
- Moro com minha mãe, ia me mudar mas não achei legal deixá-la sozinha - senti um certo peso em sua decisão.
- Entendo - praticamente matei a conversa ali mas ela prosseguiu.
- Me mudei há pouco tempo, vim do interior.
- Que cidade?
- Bauru.
- Legal - não sabia o que dizer sobre isso. - Por que se mudaram para São Paulo?
- Nos mudamos depois que meu pai faleceu, achamos que seria mais fácil encontrarmos trabalho por aqui - ela dizia com a voz normal, não ficou sentida quando comentou de seu pai.
- Sinto muito pelo seu pai - falei com sentimento de verdade.
- Faz parte da vida, infelizmente - ela se emudeceu por alguns segundos. - Mas e você? Morou a vida toda aqui em São Paulo?
- Sim, nasci na cidade grande, no meio desse caos todos.
- E nunca teve vontade de se mudar?
- Não, gosto do movimento daqui e das coisas que posso encontrar por aqui - ela prestava atenção em cada palavra que eu dizia, mas muita atenção.
- Gostei muito daqui e não tenho pretensão de voltar para o interior. Só espero conseguir me manter por aqui - seu tom de voz agora era mais alegre.
- Também espero que consiga o que deseja, acho que não tem lugar melhor para viver.
Enfim, chegamos até sua casa, parei o carro e sai para abrir sua porta. Ela desceu e perguntou se não queria entrar para tomar algo. Questionei sobre a mãe dela e ela disse que não teria problemas. Assim que entramos, ela me ofereceu cerveja, disse que não tomava mas a acompanharia com um copo.
Foi realmente difícil tomar uma cerveja depois de tantos anos, nunca gostei mesmo. Mas, como o papo estava agradável, não quis fazer uma desfeita que pudesse chateá-la. Bebemos umas duas garrafas de cerveja e demos muitas risadas. Quando percebi, já eram quase 2 da manhã e pensei em partir.
- Julia, preciso ir.
- Ah, mas por quê? É sábado, o que terá para fazer? - ela realmente demonstrou muita vontade que eu ficasse.
- Tenho alguns trabalhos para fazer, coisas que faço fora da empresa - não estava inventando uma desculpa, realmente tinha coisas para fazer.
- Mas sábado é sagrado, ninguém deveria trabalhar aos sábados - achei estranho aquele comentário.
- Façamos o seguinte, vou embora e saímos de noite, o que acha?
- É, queria que ficasse, mas assim está ótimo, pelo menos não terei que esperar até segunda para te ver novamente - ela sorria igual uma criança.
- Então, está combinado, passo aqui de noite para te pegar, que tal às 10h da noite?
- Está ótimo.
Nos despedimos, apesar de sentir que ela queria mais que um beijo no rosto, mas deixei dessa maneira. Acho que durante nossa saída será mais agradável rolar algo.
Assim que cheguei em casa, consultei minha caixa de entrada e vi mais um e-mail de Giovanna, confirmei com ela que na terça poderíamos nos encontrar. Eu praticamente acabei esquecendo de respondê-la e confirmar nosso encontro.
Fui tentar dormir um pouco, porque teria que ir para um cliente às 9h e não queria chegar atrasado porque esse é do tipo que pega no pé. Rolei de um lado para o outro e não conseguia pegar no sono. Liguei a TV para ver se algo interessante estava passando e peguei um filme pela metade. Acho que consegui dormir em menos de meia hora.
Dessa vez não sonhei, dormi muito bem e levantei bem disposto. Peguei minha moto e fui visitar meu cliente menos favorito, mas já pensando em como seria o encontro com Julia. Será que foi impressão ou ela realmente queria ficar comigo?
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