Cheguei no escritório um pouco estressado, o trânsito me deixou um pouco nervoso, para completar peguei uma velha apressada em minha frente, o que me causou mais estresse porque na realidade ela chegou depois, ia descer antes do elevador, mas precisava ser a primeira a entrar a qualquer custo, porque provavelmente o mundo acabaria caso ela perdesse aquele elevador.
Algumas vezes, raramente, eu tento imaginar que essas velhas que atropelam todos para entrar em primeiro, o fazem por medo de não conseguir segurar a porta, com todo aquele medo que a porta feche bem no momento em que elas adentram o elevador. Não tenho outra explicação lógica ou plausível para isso. A situação que é mais engraçada é quando alguma dessas pobres velhinhas entram no elevador e dizem: "Sexto, vou no sexto andar...", nesse momento continuo olhando para o nada, como se não ouvisse uma alma naquele ambiente, engraçado é que a velhinha que comentou o andar que ia nem sequer apertou o botão do mesmo.
Comecei a me sentir sufocado e estressado no almoço, não sei se foi porque demoraram para nos atender ou se foi o simples fato de ter perdido a terapia, acredito que seja mais por causa da segunda ideia, já que normalmente me sinto muito bem na quarta sempre que compareço. No meio tarde comentei com o pequeno pequerrucho que estava meio injuriado, que a terapia estava virando uma espécie de droga e quando um viciado não toma as duas, ele fica um pouco estressado. Verei se consigo remarcar essa hora perdida...
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