Onde estão as palavras que nunca calam, as palavras que nunca dormem, por onde andarão? Mesmo na falta do tempo, as palavras nunca deixaram de existir, nunca me deixaram na mão, hoje não as encontro, não sei quais usar.
Tento, sem vontade ou expressão, utilizar algumas delas, mas a única coisa que me vem a mente neste momento é a palavra ódio. De todas as coisas boas e ruins, a única que me restou para essa fatídica segunda-feira, foi a palavra ódio e seus derivados. Talvez seja uma das palavras mais utilizadas em meu vocabulário, depois da famosa frase que virou hit na internet. Não sei mais me expressar de forma sutil, educada e categórica, apenas sobram as palavras de baixo calão em minha mente. Fui consumido por um ódio pior que o da sexta-feira, mesmo não sendo 13, um ódio que não é possível descrever com palavras, desenhos, gestos ou nem mesmo reconstituindo o crime cometido por "Derek Vinyard". Acho que se cometesse um crime hediondo como aquele não me traria satisfação.
Nem mesmo se pegasse alguém que perfurasse com uma furadeira, criando diversos buracos para sangrar, não me traria satisfação. Passei do ponto em que tenho vontade de matar alguém, já cheguei ao extremo que torturá-lo seria muito mais satisfatório, me daria muito mais prazer e calmaria. Talvez cortar cada falange de seus dedos com um cortador de charutos e deixá-lo sangrar até quase morrer traria um pouco de satisfação. Senão podemos utilizar o método "Capitão Nascimento", mas no lugar do cabo de vassoura, utilizaria um bastão de beisebol.
Por 3 vezes tive vontade de quebrar tudo e ir embora, por 3 vezes me segurei mais do que poderia suportar. Consegui, me sinto vencedor por não ter cometido tamanha barbaridade, até porque eu quebraria meus monitores, teclado e mouse. Senti uma enorme vontade de bater minha cabeça com muita força contra a parede, talvez para ter certeza de que não era tão cabeça duro, mas também desisti. Infelizmente, não consigo me ferir, deixaria alguém dar um tiro na minha mão, mas eu não consigo sequer furar minha própria orelha. Em outro momento, me peguei com uma enorme vontade de dar um soco na parede, mas esta com certeza não aguentaria por ser de papelão e gesso. Pensei em desistir, já que não falo português, não serei nunca capaz de ensinar alguém falando latim. Engraçado, porque iniciei falando grego, passei para o japônes e agora o latim, nenhuma das 3 línguas funcionaram, mas infelizmente não sei falar o maldito português, isso tudo provavelmente porque não aprendi a dizer "tem que tar".
Como você se sentiria depois de discursar por quase 2 horas e perceber que o maldito não entendeu porra nenhuma? Depois de contar uma hiper mega história, a única pergunta que sai de sua boca nada tem a ver com tudo que você dichavou naquele momento? Talvez devêssemos fumar um "beck" ou beber "whiskey", que sabe assim o cérebro trabalhar melhor ou melhor, talvez ele funcione. Tive um momento em que pensei em me levantar e arrebentar uma cadeira sobre a mesa, mas seria um desperdício, não da cadeira, mas talvez do monitor e do restante de minha paciência.
É fato, não tenho "papas na língua", quando tenho que falar, rasgo o verbo das piores formas possíveis, ainda bem que não rasgo a tanga. Não meço palavras, não penso, apenas falo tudo que é necessário, do meu ponto de vista, o que me difere de todos os seres humanos que conheço. As pessoas tem classe, etiqueta, senso, tudo o mais que nos ensinam. Eu também aprendi, a grande diferença é que penso por mim mesmo, não tenho tendências em certos pontos de vista, não tenho "finesse", não tenho educação, não sou "o" certinho, não tenho noção e muito menos paciência, mas sou o que sou e nada me mudará, sou assim mesmo, desde que me conheço por gente, mesmo alguns dizendo o contrário. A grande diferença era o auto-controle, coisa que hoje não existe mais, chega uma hora de sua vida que as coisas são ou não são.
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