Vou quebrar a promessa

Há um tempo atrás, quando descobri algo que me abalou, prometi que não comentaria uma palavra sequer sobre o assunto, mas é claro que eu não poderia me calar em um momento tão crítico como esse.

Sei que cada um tem a sua vida e que cada um faz suas próprias escolhas, o grande problema em questão é quando temos a dúvida: "Será que fui eu mesmo quem escolheu?", pelas histórias que conheço, pelas histórias que ouvi, eu que não faço parte do negócio consigo ter essa dúvida. E não é porque não faço parte de tudo isso, mas sei e imagino como aconteceram as coisas e conheço muito bem quem tomou a "decisão".

Eu acredito que para tomarmos certas decisões na vida, antes de qualquer coisa, temos que nos conhecer bem a ponto de saber o que de fato queremos e também o que sentimos. Se surgem certas confusões, certas incertezas, já corre-se um grande risco de estar comentendo uma besteira. Para que um passo muito importante na vida seja tomado, temos que ter firmeza naquilo que dizemos querer, se respondemos com um certo ar de dúvida, é caso para pararmos para pensar.

O grande problema ocorre quando outros fatores influenciam na tomada da decisão, principalmente se esses fatores não são necessariamente coisas concretas. Claro, existe todo um modo de vida, crenças e outras coisas que nos influenciam diariamente em qualquer tomada de decisão, mas sinceramente, acho que antes de qualquer coisa é necessário ouvirmos nosso coração.

Se nós que podemos voltar atrás em certas decisões pensamos diversas vezes antes de realizá-la, imagine se você não tem a opção de voltar atrás com algo. O que faria? Imagine você tomar a decisão de atirar ou não na cabeça de alguém, você sabe que se você decidir disparar contra a cabeça de outro alguém, isso não terá volta, então você pensará mais de um milhão de vezes antes de fazê-lo, não? Pois é, nesse aspecto, a raça, cor, idade, sexo ou religião não influenciam na tomada de sua decisão, mas acredito que nesse caso também não influcie nenhuma das coisas que citei. Acredito seriamente que essa decisão que fora tomada, é como pensar em disparar ou não uma arma contra alguém.

Quero acreditar do fundo do meu coração que a decisão foi tomada somente por você, que você de fato escolheu isso e espero também do fundo do coração que nunca se arrependa disso. E pode ter certeza de que não estou dizendo por dizer ou por me importar com a situação ou não, estou pensando somente em você, em sua vida, em seu futuro. Quero acreditar que sua conciência saiba o que está fazendo e que você tenha ouvido seu coração ao invés de uma voz longínqua que de fato não temos nenhuma certeza se existe ou não.