Em uma noite qualquer ela comenta que havia posto um fim em seu antigo namoro, depois de tanta espera, ela conseguiu concluir o que nos impediu de ficarmos no domingo de páscoa em que nos encontramos em sua avó.
Fiquei feliz e mais ansioso ainda para que nos encontrássemos, agora não via mais a hora de encontrá-la para poder beijar aquela boca maravilhosa. Ela também estava ansiosa, me dizia o quanto queria ficar comigo, de modo bem mais acanhado, mas ela demonstrava possuir um sentimento muito forte por mim. Algumas vezes fui questionado sobre o sentimento amor, falei que ainda era cedo demais para dizer algo sobre isso, senti uma pontinha de tristeza quando respondi, mas depois ela compreendeu que de fato ainda era cedo para podermos dizer algo sobre isso. Aquilo me preocupou, me senti cobrado sobre um sentimento que ainda era impossível de se existir, mas entendi o lado dela, mesmo assim fiquei com medo, preocupado, a paixão que sentia por ela era tão grande quanto a dela e isso me causava muito medo, medo de me machucar como na primeira vez que me apaixonei na vida.
Ela me contou que viria para a casa de sua tia, no dia 21, estaria ela e toda sua família para uma visita. Fiquei feliz ao saber disso, saberia que poderia vê-la e o mais bacana é que agora ela poderia me beijar, não havia nenhum empecilho que pudesse nos privar de ficarmos juntos naquele dia. Nesse meio tempo houve um pequeno incidente, diria até que tivemos nossa primeira briga. Por ter consideração demais, os tios dela temiam que sua paixão foi algo meio temporário, aquela loucura que bate quando nos apaixonamos e que depois iria passar e em uma brincadeira no meio dessa conversa, acabamos nos desentendendo. Foi bem complicado fazer com que aquilo passasse, até porque eu mesmo tinha realmente medo de sofrer nas mãos dessa pequena menina, minha pequena florzinha, tinha muito medo de ter meu coração partido novamente, coisa que prometi que nunca mais passaria com ninguém. Isso foi culpa minha, o fato dos tios dela conversarem com ela sobre isso, porque eu havia comentado com sua tia sobre meu medo de sofrer novamente nas mãos de uma mulher, então por preocupação e não por maldade, eles acabaram comentando isso com ela, mas isso a deixou muito magoada, porque a fez se sentir como se somente ela pudesse fazer algo de ruim para minha pessoa.
Ela reclamou que nunca havia se declarado para ninguém e que não era esse tipo de reação que ela esperava, que alguém tivesse medo de ser magoado por ela, aquilo a afetou de tal forma que foi muito complicado fazer com que ela ficasse mais tranquila. Foram quase duas horas tentando fazê-la entender aquilo, que ninguém queria se intrometer ou estragar aquilo que estávamos sentindo um pelo outro, mas no entanto percebi que alguns assuntos seriam bem delicados de tratarmos juntos, ela se demonstrou uma pequena dinamite, fiquei assustado de início porque não imaginei que aquela simples frase, um simples comentário pudesse transtorná-la de tal forma, a revolta era nítida em suas pequenas frases no msn, nossa conversa levou muito tempo para voltar ao normal, para chegarmos nos pedidos de desculpas e tudo o mais. Mas depois dessas quase duas horas, consegui fazer com que ela ficasse mais tranquila e pudéssemos dormir em paz para conversarmos mais tarde, já eram quase 3 da manhã e precisava dormir, mas não poderia deixá-la com a raiva que estava, até mesmo com sua irmã, que nada tinha a ver com a briga, ela acabou brigando, nada grave, mas foi nossa primeira discussão.
Mais tarde conversamos pelo msn e estava tudo praticamente normal, perguntei sobre seu braço, que ela havia batido no dia anterior, ela respondeu que estava bem, que havia melhorado. Ela comentou que quase caiu novamente porque foi abrir a porta de sua casa no escuro, já emendou perguntando, a pedido de seu pai, quanto eu cobraria para formatar o computador dela, respondi que nada, que assim que fosse para lá daria uma olhada para ver o que estava acontecendo. Ela comentou que haviam comprado um bolo para seu cunhado, namorado de sua irmã mais velha, brinquei dizendo que contaria à ele, que não deixaria o segredo, ela comentou que eu era um japinha muito mal, achei aquilo engraçado e conversamos sobre outras coisas que ela faria naquele domingo e sobre o que eu faria. No meio de toda aquela conversa no domingo, uma frase me marcou muito: "Você será o homem mais amado do mundo", isso ficou gravado em minha mente, essa frase eu não esqueceria por nada na vida.
A ansiedade tomava conta de nossos corações, as nossas conversas só falavam do dia em que nos encontraríamos e ficaríamos juntos, o tão esperado beijo estava cada vez mais próximo. Havia uma coisa que não poderia deixar de fazer naquele mesmo dia em que a encontraria, ir ao chá de bebê de minha cunhada e meu irmão, os dois resolveram fazer algo diferente, um chá de bebê onde homens e mulheres compartilhassem da felicidade deles. Mesmo sabendo que tinha esse compromisso, não deixaria de encontrá-la por nada no mundo, então fiz todos os planos de horário baseados no momento de sua chegada mas que não comprometessem minha presença nesse compromisso também inadiável. No sábado dia 21, ajudei a montar algumas coisas para o chá de bebê, tudo corria bem até começar a chover, fiquei preocupado, porque naquele sábado já não tinha mais meu veículo, havia passado minha moto para meu irmão que ficou sem e estava trabalhando com ela, então passei antes de comprar outra para ajudá-lo e a chuva não ajudaria muito naquela noite. Montamos tendas para os convidados não se molharem e para que pudesse rolar tudo numa boa. A chuva não deu trégua, fiquei ensopado, tive até medo de não estar bem mais tarde, quando fosse ver a pequena florzinha.
Comi, dei muita risada, vi a felicidade brilhar nos olhos de minha cunhada, estava muito feliz, pois o grande dia estava próximo, muito próximo, dividia meu coração em querer muito a florzinha e ver meu sobrinho. Depois do chá de bebê, faltariam apenas 3 meses para a coisinha mais linda do mundo chorar pela primeira vez. O chá de bebê estava correndo muito bem, apenas a chuva que não cessava que me preocupava, não sabia como faria para chegar até a casa da tia da florzinha, estava me divertindo e ao mesmo tempo pensando em como ir até lá. Desencanei um pouco, fui curtir com meu irmão, comi uns espetos de carne, tomei um pouco de refrigerante e dei mais algumas risadas.
Estava dividido em duas vontades, ir ver a florzinha e continuar festejando com meu irmão e minha cunhada, mas não poderia perder aquela oportunidade de ficar com a pessoa que talvez se tornaria uma das pessoas mais amadas no mundo. Fiz uma ligação para a tia da florzinha e perguntei sobre eles, ela disse que chegariam em uns 30 minutos, então havia tempo para eu tomar banho tranquilo e me preparar para chegar lá. Acho que a festa ainda iria longe, mas avisei minha querida cunhadinha que iria embora, que não poderia perder aquela chance, ela compreensiva me deixou partir. Me despedi de todos e fui tomar um banho correndo, passei horas encharcado por causa da chuva. Tomei o banho mais rápido de minha vida, me troquei, peguei dinheiro pois iria de táxi até a casa de sua tia, ir de ônibus me faria caminhar demais até lá.
Saí de casa, passei novamente no chá de bebê e me desejaram sorte, meu irmão do meio estava indo embora com minha outra cunhada e me ofereceu a moto para que fosse até lá, mas fiquei encanado de acontecer algo, agora que ela não me pertencia e resolvi ir de táxi mesmo. Assim que passei o portão, dei muita sorte e passou um táxi, em menos de 10 minutos estava lá, na porta do prédio de sua tia. Pedi para o porteiro anunciar minha chegada, com a esperança de que a florzinha fosse descer para me encontrar, no entanto, ele respondeu que ninguém iria descer e que era para eu subir. Não conformado, liguei para o telefone de sua tia e perguntei por ela, conversei com ela e pedi que ela descesse para me encontrar, não poderia esperar uma oportunidade, porque talvez ela não rolasse se não fosse naquele momento. Aguardei uns minutos e ela saiu do elevador, linda, com um sorriso maravilhoso em seu rosto, sem aliança no dedo, totalmente livre para mim.
Foi engraçado, não sabia se a cumprimentava com um beijo no rosto ou na boca, apesar de todas as conversas, achei que ela poderia ficar assustada. A iniciativa partiu dela e recebi um selinho, muito rápido, fiquei sem graça porque aquilo deveria ter partido de minha pessoa. Sorrimos, ela me deu outro selinho, mas eu queria mais. Entramos no elevador, ela começou a dizer algo que nem ouvi direito e a agarrei, dando um beijo decente em sua boca maravilhosa, quando o elevador esboçou parar no 11º que parei de beijá-la. Comentei que talvez o porteiro tivesse visto porque tem câmera no elevador e demos risada. Entrei no apartamento de sua tia e fui recebido com muito carinho por todos, cumprimentei todos e ficamos conversando um pouco ali. Falamos tanto que estava ficando tarde, não queria ir embora, mas achei que seria muito abuso de minha parte dormir ali, toda vez que esboçava ir embora, alguém dizia para eu ficar. Sua tia disse para eu dormir, que seria perigoso ir embora aquela hora e que me emprestaria um shorts e uma camiseta de seu marido. Acabei ficando, fui vencido pelas pessoas e pela minha vontade de ficar mais com a florzinha, não queria desgrudar nenhum minuto em que ela estivesse lá.
Cada um foi se acomodando em cada canto do apartamento, a florzinha ficou ao pé do sofá e eu em cima dele, ficamos ali conversando com sua tia e sua mãe, não levou muito tempo para que todos dormissem, ficamos ali acordados, conversando e nos beijando. Claro que ficamos mais nos beijando que conversando, não queríamos incomodar ou acordar alguém com conversas. Passamos a madrugada inteira juntos, a vontade que tínhamos de ficar um com o outro era enorme e não nos deixaria satisfeitos termos trocados apenas alguns beijos, então ficamos nos beijando a madrugada inteira, vimos o dia clarear e o pessoal começando a acordar. Fazia muito tempo que não ficava tanto tempo com alguém, aquilo foi muito bom, a vontade era enorme, esperamos tanto tempo para ficarmos juntos que no final valeu cada minuto que passamos acordados.
Ela estava esgotada, eu também não conseguia mais ficar acordado, mesmo assim ainda saímos para comprar algo no mercado e voltamos rapidamente, mesmo assim ficamos no sofá sentados conversando com o pessoal. Sentamos um pouco na escada do prédio, ficamos conversando enquanto suas irmãs mais novas brincavam pelos corredores, trocamos beijos rápidos para que não fôssemos vistos. Almoçamos e depois nos deitamos um pouco na cama de sua tia, nos disseram para dormirmos um pouco porque havíamos varado a noite, nos deitamos mas ficamos conversando, ela deitada de costas para mim, eu colei em seu ouvido e perguntei se ela queria namorar comigo. Ela estava tão cansada, mas respondeu que sim, ainda perguntei se ela tinha certeza e disse que sim. Ainda comentou que eu deveria pedir a seus pais, apesar dela ser maior de idade, gostaria que fosse consentido por eles, até porque a nossa situação era um pouco diferente da maioria, ela era evangélica e eu um ateu, então seria primordial ter o consentimento de seus pais.
Ficamos o resto do dia juntos, não conseguimos dormir mesmo com todo cansaço que sentíamos, acabamos levantando logo da cama. A noite se aproximava e já cobria boa parte daquele céu maravilhoso, a noite caia lentamente, sinal de que o final de nosso encontro estava chegando. Nos despedimos de seus tios e descemos, seu pai me deu uma carona até a minha casa. Me despedi dela com um simples selinho, algo bem rápido que não fosse notado por todas suas irmãs, dei tchau à todos e segui em direção a minha casa.
Próximo episódio - 08 O pedido.
Download da obra completa em formato pdf.
Eu tinha comentado aqui no dia que li O.o
ResponderExcluirTo curiosa para ver como a historia acaba =P
Uai, desde o dia da mudança do template não havia nenhum comentário nesse post! rs rs rs
ResponderExcluirAh, acho que vai demorar um pouco até chegarmos no desfecho dessa história, espero conseguir chegar até o fim! rs rs rs
Beijão